quarta-feira, 13 de junho de 2012

O meu cartão de dia dos namorados

O que é o amor, afinal?

O amor deveria ser a compreensão. A tolerância do gênio forte e da mania de sempre atrasar 15 minutos.
Deveria ser a vontade de estar junto, mesmo que sem nada especial para fazer.
Deveria ser o conhecimento que se tem dos trejeitos e características do outro - desde a marquinha na testa, passando pela forma de pentear o cabelo, até o perfume favorito.
Deveria ser a arte de saber decifrar o olhar que tanto se contempla, para descobrir a tristeza, a ansiedade ou até mesmo o sono que se esconde ali atrás.
Deveria ser o telefonema esperado, o destinatário e o remetente mais presentes na sua caixa de emails.
Deveria ser o compartilhar de planos, de sonhos, de derrotas e de vitórias. E a vontade de fazer de dois planos, um plano só.

Ou quem sabe, o amor é a junção de todas essas coisas.

Eu precisava bolar um texto para escrever no meu cartão gigante de dia dos namorados... Aí resolvi usar esse blog de rascunho.
Deu certo. :-)
É tudo culpa dela...


quinta-feira, 10 de maio de 2012

Meu pai ainda me dá presentes

Como alguns já sabem, minha nova fase profissional tornou desinteressante manter meu Nextel, por mais legal que o número seja (final 3636, fato raro em uma operadora que não te permite escolher números), posto que possuo agora pouquíssimos contatos com rádios.

(aliás, se vc quiser comprar meu i1, ele está à venda - tem menos de um ano de uso e o padrão Felipinho de procedência)

Venho testando operadoras, especialmente acerca do serviço de dados que tenho usado muito. A Tim me decepcionou, a Oi me surpreendeu, mas preciso de algo mais confiável. Assim, venho testando de forma simples: coloco um chip no Tablete e tento usar a Internet nos lugares que mais frequento.

Há alguns anos atrás, eu mexia bastante com celulares - e isso me fez adotar o hábito de manter uma caixa no meu quarto com meus celulares antigos e as quinquilharias relacionadas. E resolvi ir lá olhar se não haveria algum chip de celular novo (sim, tem isso lá!) que pudesse me ajudar a testar alguma operadora.
E lá encontrei o chip do celular Claro do seu Arthur, que, em respeito a ele, estava desativado desde 2010 e guardado, entre outros chips já desativados. Uma linha bastante antiga, com muitos anos de uso.
Botei ele num celularzinho backup... E, para minha surpresa, mesmo sendo pré-pago, ainda estava ativo! Inclusive com a mensagem do meu pai na caixa postal pra matar a saudade. :-)
Assim, julguei que ele seria útil para que eu testasse a rede da Claro. Era só um teste rápido mesmo...

...mas, por óbvio, o chip estava sem créditos!
Entrei na internet e botei 17 Ronaldos de crédito. Sabe o que esse investimento me rendeu?
- resgate de R$ 101 de créditos que estavam vencidos, depositados ainda pelo meu pai;
- bônus de 1000 minutos por mês, grátis, para um Claro de minha escolha (a Dani tem Claro!), como prêmio de antiguidade da linha.

Fora os ótimos benefícios do plano pré: ligações a $0,21 para linhas da Claro e a $0,50 para fixos, e Internet a $0,50 o dia de uso. E uma linha de altíssimo valor sentimental.

É, Vivo e Tim... Vocês perderam definitivamente o lugar no Tablete.
E eu não me canso de encontrar surpresas boas deixadas pelo meu melhor amigo caminhoneiro. ;-)

domingo, 25 de março de 2012

Vida de convalescente

Quarta pra quinta-feira.
Sabe quando você; chega em casa e apaga? Pois bem, foi assim. E ao acordar, não notei que o joelho estava dormente, sem força nenhuma.
Resultado: lá vai o Arthurzinho para o chão, ganhando um joelho torcido e o dedinho do pé quebrado.

Quinta-feira, lá vou eu fazer audiência de bengala. Até a sessão da loja no sábado foi na bengalada.
Mas, sinceramente, não dá pra dizer que está sendo ruim. É por causa desse dedo quebrado que consegui descansar metade do sábado, e que consegui tirar o domingo em casa.
Não pude reclamar da assistência que tive. Meus bons amigos - sejam da loja ou de onde for - obviamente me sacanearam, mas não de deixaram na mão.
Minha mãe se desdobrou em cuidados, não esperaria algo diferente.
E a Danizinha... Bom, essa só vem subindo na tabela. Hoje tive direito até a bolo e filminho de tarde, fora a liberação do volante nesses dias de recuperação.

Conclusão? Acho que vou começar a quebrar um dedo por mês.
Não imaginei que valia tanto a pena. :-)




segunda-feira, 23 de maio de 2011

A magia do carro velho

Desde a minha infância, raras foram as épocas em que não havia pelo menos um carro com mais de dez anos de uso em casa.
Perco a conta das carangas que já habitaram a nossa garagem: Chevette, F-1000 (e foram duas!), Belina, Fusca, Bonanza, Javali...

Só não incluo os Mercedes 1313 e 1513 na lista porque, definitivamente, eles não cabiam na garagem. =D

Eis o dito cujo, na sua melhor forma em 2004. Haja garagem!
Contudo,  se uma espécie de carro se fez presente em todas as minhas quase três décadas de vida, essa é a Chevrolet Caravan.

Créditos: Wikipedia
Lembro do meu pai ter uma dentre as minhas primeiras memórias, com os faróis redondinhos e sem o revestimento da porta do passageiro - o que me rendia muita diversão olhando todo o interior da porta e vendo o vidro subir e descer quando girada a manivelinha. =D

Ele era aficcionado por esse tipo de carro. Sim, carros grandes sempre foram a principal opção em casa - talvez daí vem o porquê de eu me dar bem com a condução de barcas em geral.

Depois daquela Caravan, vieram mais uma ainda nos anos 80 e outra na década de 90 - sem mencionar as que não presenciei. Meu pai dizia que, no total, foram 7, quase sempre puxadas para o dourado ou para o marrom.

E aí ficamos sem Caravans em casa até 2004 (ou 2005?), quando, na época da lanchonete que tivemos dentro da extinta Honda Delean, meu pai soube de uma Caravanzona 1986 que estava literalmente encostada e comprou ela por uma bagatela. E, adivinhe, ela está em casa até agora. 

Ter um carro velho não é das missões mais fáceis. Não obstante o meu uninho 97 não dar o mínimo trabalho, a Caravanzona leva mais de 10 anos de idade de vantagem no quesito experiência.

O trabalho de "reativação" que meu pai fez deu certo. Tanto é que o ser que vos fala, em sua versão acima-da-média, fez uma viagem até Campos do Jordão dirigindo ela, em 2006, com toda a família embarcada no navio - e é mó divertido viajar de barca...


Ainda bem que a suspensão estava em dia.

Mas, passado o tempo, novamente meu pai acabou abandonando a barca em um estacionamento. E lá ela tomou chuva, e ficou esquecidinha por uns bons 8 meses, sob os protestos meus e da minha mãe.

Aí, em 2010 ele resolveu colocar ela em ordem de novo. Botou a mecânica em ordem, arrumou os freios... E se mudou de dimensão em agosto, antes de fazer mais coisas.

Sobrou pra mim a Caravan.
Aliás, a Caravan, a Bonanza, o Javali, o Guincho, o Uno e a Flash.
Fácil, né? Eu devia ter um pátio, e não uma garagem - sem mencionar o convênio com o posto de gasolina.
Até então, cuidar desse monte de carros mais parecia um ônus do que um bônus. Mas, como herdeiro e motorista, I'd never deceive it - e encarei a parada.

Pois bem. E eu, que até então pensava que carro velho só dava dor de cabeça, comecei a cuidar de detalhinhos.
A pintura da Caravan estava gastíssima (esse termo existe?), um ferrugem aqui e outro ali, fora a ausência de polainas e uma barulheira danada em tudo que era canto... Quanto iam me pagar na barca, dois contos? Eu não ia aceitar isso.

Aí caiu do céu a proposta do meu primo-agregado, o Tatu: conheço um funileiro bão, lá em Caieiras, que vai dar um tapa no visual dela em condições camaradíssimas.
O que eu tinha a perder? Topei a parada, e, em outubro/2010, mandei a Caravan com ele para uma restauração cujo resultado eu não poderia prever.

...

Final de março de 2011.
Recebo a ligação: a Caravan está pronta!
Fiquei ansioso. Mal podia esperer para a bichinha chegar em casa.
E qual não foi a grata surpresa...

04 de abril de 2011. Ela voltou!

Ela estava LINDA!
Um pouco mais escura do que originalmente, mas com a pintura 98% perfeita - salvo um vernizinho no nariz dela, que ainda será resolvido.
Mas lataria não era tudo.
E o ponto do carburador? E a vibração nas polainas?



Sem falar da parte elétrica. Você já viu carro que volta da funilaria? É divertidíssimo: painel não acende, lanterna não ilumina, você liga o limpador traseiro e o dianteiro funciona.. Enfim, uma festa. =D

Mas não me dei por vencido, e comecei a resolver mais detalhes, mais detalhes, e comecei a pegar gosto pela coisa.
Comecei a entender um pouco mais de mecânica. Conhecer os aspectos da linha Opala/Caravan, conversar com gente que entende (entre eles o Jesus, parceiro de faculdade que virou jornalista e amigo pessoal), até a chegar a passar o sábado deitado debaixo do carro caçando folgas...

E o resultado vai surgindo, cada vez mais.




















E, devagarzinho, a Caravan que um dia esteve encostada, começa a ganhar a cara do atual dono dela.
A mecânica está uma delícia, a barulheira sumiu, o painel está completo e cada vez mais detalhes vão sendo acertados.
Ela está anunciada para venda, mas é um carro de público específico. Sei que não vai ser vendida em poucos dias. Até quando fico com ela, não sei... Mas vou curtir ao máximo.
E, nessa história toda, eu vou aprendendo aquilo que passo a chamar de magia do carro velho: você começa a mexer naquilo que a molecada considera como velharia, vai se envolvendo, e quando olha o resultado dá vontade de fazer o carro velho de motor imponente parecer mais novo que esses monoblocados descartáveis que se vêem por aí. E é mó divertido assustar os carros de papel com o ronco de um seis canecos. ;)

Ou você acha que eu trocaria essa barca por um Celta???

Post de "Reabertura"

(Apenas registrando que já houve um post nesse blog, conforme a imagem aí embaixo prova...


Mas o Blogger deu pau, o post sumiu, o endereço deste blog sumiu e, por fim, tive que começar do zero.)